segunda-feira, 23 de agosto de 2010

Sócrates insiste: depois das maternidades, encerra escolas

Acho que se perdeu o tino, em Portugal; aliás, tenho a certeza. Caso contrário teria sido impossível ouvir o que ouvimos antes do fim de semana sobre o fecho de 701 escolas primárias em Portugal. Escolas com 13, 14, 15 alunos que, infelizmente, não chegavam âs turmas de 20 pretendidas pelos crâneos dos mais economicistas responsáveis políticos portugueses.
Mas para ter famílias e concentrar gente nas vilas, há que estabilizar social e economicamente as comunidades e não o inverso. Retirando a alegria dos gritinhos das crianças nos recreios retira metade da razão de vida aos reformados das comunidades e força as famílais à aproximação aos centros urbanos. A gasolina está cara. O governo atribui 300 euros anualmente por aluno, para as despesas de transporte, mas muits autarquias contestam o valor...e que rendimento será o destas crianças que têm de fazer quilómetros antes do início das aulas? Que raio de conquistas foram as de Abril que as devolvemos todas à origem? Não era bom ter maternidades em todas as cidades? É melhor ter ambulâncias oferecidas por particulares e empresas que se chamem "Senhora do Ó" para as crianças nascerem mais sorridentes nas estradas portuguesas?
Quando eu já estava aqui a escrever, uma camarada de trabalho interrompeu-me com um argumento que não vou deixar de referir: que as escolas fechadas eram escolas não atractivas para os professores que, depois de irem doius ou três meses deixavam de ir - por exemplo, apresentando baixa.
Acho incrível que o ministério da Educação e os Sindicatos dos Professores não resolvam isso entre si e com incentivos, em vez de penalizarem as aldeias e vilas, crian4as e famílias, as comunidades.
701 escolas fecham as portas: Só na Região Centro são 152 Lamego é o concelho onde fecham mais escolas: 21 das 384 encerradas na Região Norte.
Uma tristeza.

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