- resolvi publogá-lo depois de o enviar para uma amigo. Gostei de o reler.
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dei-te moedas, flores, água de Lourdes e de Fátima
dei-te a alma, dei-te o tempo, mas não o sangue como corre nas veias
foi como vento fútil de que não precisavas...
que poderia fazer sem ter de cortar os meus bocados sãos para os trocar pelos teus?
Irmã que voaste sem asas
Irmã que estoiraste com o meu livre arbítro na fortuna sorteada
Irmã terra, barro, carne, irmã bela de raiva, soberba de desvario
morta irmã tão viva que sublimaste um riso indecente na memória, com gargalhadas
e cigarros e fumo a evolar-se
e vinho à mesa e mãos nos pés dos cálices
mãos alegres e nervosas de bem estar
Deus Meu que a vida agride
porque te dei postais e fotos e poemas e posts e almofadas
e nada tu levaste para esse canto de agruras do escuro forno
onde te lamentámos e tu, decerto, cantavas
por ausência de dor e esse abraço de valsinhas sorridentes
em que projetámos o nosso amor.
--
mjc
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