sábado, 8 de fevereiro de 2014

Morte e Vida: Léte, Avó Trindade e nós todos.

O maior enigma da história é uma verdade comezinha mas inaceitável.
Todos nascemos de um modo violento, às vezes assassino; e todos morremos, tudo acaba.
E não cremos em nada disso enquanto vivemos.
Somos enormes, somos o máximo, fazemos dívidas, fazemos fortunas, lembramos a vida .
curamos ou contagiamos, maus e bons, beras mesmo... somos o que, nalgum ponto da vida resolvemos ser, ficar e glorificar. Ou crescemos ou morremos.
Tudo acaba nessa decisão, mas ninguém quer saber, ninguém fala. Continua-se como um caracol que deixa a casa atrás.
Nestes dois últimos anos deixei de ver caracois com casa....umas lesmas enormes que algum estudioso há-de explicar....
Enfim....
É o meio, a evolução, porque não querermos saber como vai ser: somente chorar um dia quem se foi onde e quem viveu entre nós.
Vamos revivê-los... nas fotos? Nas músicas? Nos gramofones dos avós?
Alguém vai se lembrar que eu era chata? Maluca? Doida de amor pelos meus amigos e familiares? Que eu adorava animais?
A morte dos que passaram serve-me para quê?
Sou morta se fechar os olhos e suspender a respiração debaixo de água até fazer brrrrrrr»?
Sou doida por questionar a Vida, a Morte?
Afinal...estamos aqui de passagem e emprestaram-nos estas horas transformadas em semanas, meses, anos...menos, mais... mais ou menos?
Acordamos quando nascemos para uma vida emprestada? Ou morremos enquanto vivemos para morrer a seguir?
Acho que acabo num templo em Sião para perceber quem sou....ou quem somos....ou num templo escocês....sempre é melhor do que ir  para a guerra. Porque cada vez percebo menos da vida. Mas vivo mais e tenho mais anos.

Sem comentários: