O humanismo de Mandela, como o do Dalai Lama, de João Paulo II, de Ghandi, de muito poucos desta fibra, tem de ser perpetuado com honra.
A dignidade deste homem que se sentou a beber chá com os carrascos, depois de liberto, que os convenceu a participar na grande festa da democracia multirracial, que se apaixonou perdidamente aos 78 anos - quando se sentia o homem mais sozinho do mundo e se casou, aos 80, com uma mulher como Graça Machel, tem de ser honrada. Os milhares de cidadãos que, neste momento o lembram, circunstancialmente ou de coração, têm de lembrar, amanhã, depois de amanhã, depois do dia 15 e no Natal, e Ano Novo, que Mandela não é um mito, é uma realidade, uma luz e uma energia que todos podemos partilhar. Tinha o rosto de um homem, inteligente, simples mas hábil, que já não está aqui mas que pode habitar a alma de quem lhe quiser abrir a porta. Os moçambicanos deviam abrir, porque estão mesmo ao lado, e Graça pode agraciá-los com alguma da sabedoria adquirida por mérito próprio e ao lado de Mandela....porque precisam. Os portugueses também.
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