Li as mensagens dos amigos no androide, no telemóvel velho português, no facebook e no gmail, mas nada mudou de ontem para hoje.
Fiz tudo, como a minha Yumiko que, no final da história, ainda cansada da distribuição dos presentes que o Pai Natal deixou antes de ela chegar, perguntou: "fiz tudo bem?".
Como uma mestre de cerimónias a quem não deve faltar um milímetro de chão ou céu na hora de dar valores. É o lado japonês. Como uma historiadora a quem não deve faltar a ligação do passado com o presente - lado português. E vice versa. Afinal, somos todos tão iguais ou tão parecidos. Como reflexos de um espelho (não num, mas de um), com nuances, conforme a luz incida....
A guerra civil na Síria continua a ferir-nos a alma, quanto mais a tentamos negligenciar. Ao mesmo tempo, os meus amigos da Bósnia lembram-se que o livro que pedi esteve esgotado e prometem-me a surpresa depois do Natal. Não sei que pense: Sarajevo, para mim, era passado e hoje está demasiado perto de Damasco.
O padre, este ano, falou muito de solidariedade, fome e crise.
No sábado passado, roubaram os telemóveis e carteiras de todo o grupo coral que cantava na Igreja e deixou os haveres na Sacristia.
O mundo não acabou mas está doente. Por mim, nunca acreditei em tretas, claro, mas pedi ao meu Jesus, de quem celebrámos o aniversário neste Dia: Por favor, Menino Jesus, dá-nos uma aministia. Esta humanidade transgressora, cruel, desvairada e perdida, precisa que lhe perdoem para começar de novo. Amnistia-a.
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