terça-feira, 9 de agosto de 2011

poesia minha

Não poeires
sois assim
no meu destino
que cego
não semeies
jasmim
no meu desértico
caminho
que rego
em vez de
extrair estrelas
de carmim
e forjar pegadas
para o céu
que inventei para mim

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O meu âmago de estrela
não luz...
que raio de força seduz
o ínfimo da célula
que arritma o pulsar da vida?
Como se puxa o lustro
a uma vela baça de brilho?
Sopra-se a chama?
Parece que é esse o cristal
que inflama o que
sem riso
não passa de vidro
de ama que não ama

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Soprei suavemente
confesso
mas era segredo
esse mínimo de vento
esse verso de amor
que afasta o medo
e diz
que me deixo
guiar pela mente
quando apenas me guia
o adverso
e o canto da cotovia na primavera
e esta dor
de te desconhecer com todos os sentidos
adivinhar-te no que perco
egoísta
lamentar.te sem perceber
o cerco
deste abraço que asfixia

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Aprendo que não tenho
nada do que sou
no meu íntimo de fada.

Beijos de estrelas
são as mais belas
armasda minha Intifada.


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Este peso de alma laminada
não é meu nem nada...
neste trilho de estrelas
porque insistes
madrugada
em ter-me com grilhetas?
Que história é esta de tanto peso
se tão simples é
viver de mar e lava
rochas e mosto
peixe e algas?

O caminho é um prazer de absurdos
uma dor de mudos
um mundo de surdos.
Com estrelas.
Um trilho delas horizonte afora.

Embora, busquemos as mais belas.

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