sexta-feira, 15 de maio de 2009

Eurofestival: Kremlin não brinca em serviço

MJCarvalho e Luca Vitali para a euronews
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Eurovisão: um cocktail de música, lantejoulas, excentricidade e um orçamento milionário que atrai milhões de espectadores.
Mas o concurso, este ano em Moscovo, também tem fortes implicações sociais e políticas.
Para começar, a Geórgia, envolvida num conflito com a Rússia no Verão passado, retirou-se da competição depois da organização lhe ter exigido que retirasse da letra um trocadilho sobre Putin.
Os nacionalistas russos também criticaram o facto de a cantora que representa a Rússia sejaoriginalmente da Ucrânia, outro país que tem relações tensas com Moscovo.
Mas o centro da polémica é uma Parada Gay: era para ser realizada no próprio dia da final do festival...sábado.
Alguns grupos, como o holandês De Toppers condicionaram a participação no Eurofestival à realização do Orgulho Gay que o Kremlin se preparava para proibir.
"Queremos ser positivos." Shine "é o título da nossa música, e é isso que queremos trazer à Europa e à Rússia, a canção tem uma mensagem dedicada à Rússia, trata-se:" As pessoas devem respeitar-se mutuamente, não importa a religião, a raça, a origem ou orientação sexual ...quem é que se importa com isso? "
Pois o problema é que o Kremlin se preocupa... . Em 2006 e em 2007 o desfile anual dos homossexuais degenerou em confrontos com os nacionalistas determinada.
Para evitar isso, o Desfile Gay foi proibido e os holandeses eliminados do concurso na quinta-feira .
A cereja do bolo (muito indigesta no mundo árabe) foi a participação da cantora israelita Noa com Mira Awad árabe-israelo-palestiniana em representação de Israel.
Já agora, para terminar: um dos favoritos deste ano é o bielorrusso que representa a Noruega...

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