quarta-feira, 4 de novembro de 2015

Síria

 É tão ultrajante a indústria da morte como a indústria da mentira. Os milhares de desaparecidos sírios, desde o início da revolta popular e da oposição, até ao aparecimento dos proselitistas de derivados da Al Qaeda e do EI (que ocuparam a ribalta da revolta internacional), são mortos à fome com torturas inimagináveis (que afinal a ONU conhece há 4 anos) e enterrados em valas comuns de que há fotigrafias de satélite. Pior do que o Holocausto ou do que o genocídio do Ruanda, é viver numa sociedade, tecnologicamente avançada, e deixar prisioneiros de consciência continuarem a morrer de fome e torturas que afetam profundamente os sobreviventes. Desta vez, há um grupo de fugitivos das prisões, sobrevivente das câmaras de tortura, ativo e com fotografias numeradas dos mortos para começar a identificar o espetro dos desaparecidos, A ONU tem de assumir o papel para o qual foi criada. Lá porque a Rússia não quer....que se lixe o Putin: há milhões de pessoas em risco, crianças torturadas, idosos....um horror o tipo de torturas nomeado e descrito, fotografado e divulgado. Não Há desculpa, senhores. O mundo envergonha-se e tem de acolher quem foge de tais monstruosidades. Holocausto e hoje, genocídio outra vez.... o tal que um parvalhão da ONU (em relação ao Ruanda) disse: "NUNCA MAIS".

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