terça-feira, 20 de julho de 2010

Vigário italiano assassinado na Turquia

Vigário Apostólico é assassinado na Turquia.





Fonte: Religón Digital, 03-06-2010. A tradução é de Moisés Sbardelotto, português do Brasil
(A reprodução tardia desta notícia deve-se ao silêncio feito em torno do crime. A Turquia islamiza-se cada vez mais, radicaliza-se... e a sociedade laica europeia renega as raízes cristãs. Assim, a notícia do padre assassinado circulou apenas pelos Media eclesiásticos.)

O presidente da Conferência dos Bispos da Turquia, o italiano Luigi Padovese, foi morto a punhaladas em sua casa. A polícia deteve seu motorista como suspeito, informou nesta quinta-feira a imprensa turca.


Padovese, que também era bispo católico de Anatólia (Turquia) foi encontrado ferido gravemente no jardim de sua residência em Iskenderun, uma localidade da província sulina de Hatay, e morreu pouco depois de ser levado ao hospital.

A primeira versão dos fatos difundida pelos meios de comunicação turcos indica que o bispo foi supostamente apunhalado pelo seu motorista, sem poder se descobrir se existem motivos pessoais para o crime.

A polícia turca deteve o suspeito e o submeterá a um interrogatório, segundo a imprensa turca, que não acrescentou mais detalhes.

Padovese era o vigário apostólico da Igreja Católica em Anatólia, um cargo criado há 10 anos e que cobre quase a metade do território da Turquia, desde o Mar Negro até o Mediterrâneo.

Na província turca de Hatay, há uma pequena comunidade cristã que vive de forma pacífica com a maioria muçulmana e que é especialmente importante na tradição cristã por ser o lugar onde, pela primeira vez, os seguidores de Jesus foram chamados de cristãos.

Nos últimos anos, ocorreram diversos ataques a cristãos no país euroasiático. Um dos mais brutais foi o assassinato em Malatya (leste da Turquia) de três trabalhadores da editora cristã Zirve, cometido em 2007. Os corpos das três vítimas foram encontradas degolados e com pés e mãos atados.

Anteriormente, em fevereiro de 2006, o sacerdote italiano Andrea Santoro foi assassinado com dois tiros em sua paróquia da localidade turca de Trebisonda, no nordeste do país.

Pavese declarou, então, que o assassinato do sacerdote, ocorrido enquanto o mundo islâmico protestava por causa das charges sobre Maomé em 2006, “não é uma casualidade”.

“O fato de que o assassinato tenha ocorrido agora não me parece uma casualidade. Aqui, há um ambiente muito quente, e muitos islâmicos fanáticos”, afirmou então Padovese.

Repercussão vaticana

O Papa expressou “perturbação e dor” após ser informado sobre o assassinato do vigário apostólico em Anatólia, o bispo italiano Luigi Padovese, que foi esfaqueado na manhã desta quinta-feira em sua casa, na província turca de Hatay.

Assim declarou o diretor da Sala de Imprensa do Vaticano, padre Federico Lombardi, aos meios de comunicação: “É uma notícia horrível, que nos deixa profundamente desconcertados e naturalmente penalizados”, assegurou, em declarações à Rádio do Vaticano.

Padovese participaria a partir desta sexta-feira da visita do Papa ao Chipre e, junto dos demais líderes da Igreja Católica da região, no domingo, receberia das mãos do Pontífice o “Instrumentum Laboris”, o documento que servirá para preparar o Sínodo dos Bispos sobre o Oriente Próximo, que se celebrará no final do ano no Vaticano.

“Dom Padovese foi uma pessoa que teve grandes méritos”, explicou Lombardi, que acrescentou que “a sua morte nos faz pensar espontaneamente na do padre Andrea Santoro”, o sacerdote católico italiano que foi assassinado em 2006 na localidade de Trebisonda, às margens do Mar Negro, por ultranacionalistas turcos.

Essas mortes “nos fazem ver que o testemunho da Igreja em certas situações pode chegar a ser pago com o sangue”, destacou o porta-voz vaticano, que indicou que ainda é preciso “entender melhor quais foram as circunstâncias e motivações” que levaram ao assassinato de Padovese.

Lombardi lembrou que a notícia chega às vésperas da viagem do Papa ao Oriente Próximo, aonde ele se dirige “precisamente para animar as comunidades cristãs que vivem nessa região”. “Esse fato faz entender muito profundamente que a solidariedade da Igreja universal e o apoio a essas comunidades cristãs é absolutamente urgente e necessário”, concluiu o porta-voz do Vaticano.

Fonte e destaques: IHU

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