domingo, 25 de julho de 2010

Directora da Utopia da Biblioteca de Alexandria



Hipatia (astrónoma, matemática e filósofa do século III d.C.) Uma das maiores matemáticas, directora da Biblioteca de Alexandria, que por não se ter ajoelhado perante a nova ordem dos cristãos, foi assassinada durante a consolidação do poder deste grupo de fanáticos da altura.
Ela foi o simbolo da Liberdade e do livre pensamento da Biblioteca de Alexandria, no Egipto, até à sua destruição. Era uma mulher linda, astuta em Matemática e Mestre em Astrofísica.
Os cristãos, que se aproveitaram da queda do Império Romano e das fragilidades políticas para perseguir os livres pensadores e os judeus, provocaram, primeiro, a destruição da Biblioteca e a morte do Filósofo Theon, seu pai, depois a queda de todos os símbolos pagãos e seguidores de religiões não monotaístas, perseguiram até ao exílio os judeus . assassinando a maioria e,por fim, mataram o símbolo da liberdade, que era feminino: Mestre Hipatia.

Diz a Wikipédia:

Em 391 d.C., durante o reinado do imperador Teodósio, a Biblioteca foi completamente destruída, juntamente com um enorme templo, Serápis, pelo bispo Teófilo que mais tarde foi canonizado. Segundo o próprio, "Só não consegui arrancar as fundações porque estas eram demasiado pesadas". Com a destruição deste grande centro de conhecimento a Humanidade passou de ter uma mentalidade de tolerância muito semelhante à actual, para regressar à Idade do Bronze (em termos de conhecimento e moralidade, claro), ficando mergulhada na Idade das Trevas durante os 1000 anos seguintes.

A lista dos grandes pensadores que frequentaram a biblioteca e o museu de Alexandria inclui nomes de grandes gênios do passado. Importantes obras sobre geometria, trigonometria e astronomia, bem como sobre idiomas, literatura e medicina, são creditados a eruditos de Alexandria. Segundo a tradição, foi ali que 72 eruditos judeus traduziram as Escrituras Hebraicas para o grego, produzindo assim a famosa Septuaginta.


Está tudo muito bem contado no filme Agora, uma coprodução do ministério da Cultura de Espanha, Telecinco e outros. A produção, parece-me, é norte-americana. Esta é uma info que vou confirmar, claro....

O filme é romântico - no fim - como os injustiçados gostam: um escravo libertado e em tempos idos apaixonado em silêncio, desfere a morte menos assassina, antes da delapidação decidida pelos carrasco: um longo abraço para uma longa asfixia.
Mas é longo como tudo, esse abraço que visa prender o ar e vedar a vida.
Como não gosto de obscurantismos, fiz pesquisa. Aconselho o mesmo, Mas não vou dar os links aqui...compreendam. É toda a História Judaica-Cristã, para o mal e para o bem.

Estive presente na destruição da biblioteca milenar de Sarajevo. Queimaram-na à minha frente. Eu noticiei. Mas houve um violoncelista que passou a tocar diariamente em memória desta cultura, para não se perder. E eu ia noticiando. É o meu trabalho, né?

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