quinta-feira, 4 de outubro de 2012

Drogas psicadélicas ou de homem para Homem



Eu gostava imenso de tomar LSD em substituição da minha seretonina natural, cerebral. Dizem que nos põe a milhas da lógica e do pensamento que não reconstruimos sozinhos. Género: potencia os neurotransmissores. Ás vezes... demais.
O canal franco-alemão ARTE está a dar um documentário sobre o assunto e coloca os cogumelos alucinogénios ao mesmo nível que o LSD para curar dores de ADF, agudas, nevrálgicas e crónicas, apenas suportáveis depois de duas botijas e meia de oxigénio.
A questão é que não posso tomar, logicamente, LSD.
Não por medo da lei, não receio sanções apesar de lhe seguir os princípios.
Mas por medo de mim e do que um potenciador da seretonina possa fazer com as recordações de guerra que guardei, enterradíssimas nos cantos mais obscuros do meu sotão de neurónios.
A CIA, o Pentágono, o exército norte-americano e britânico deram aos soldados o produto para estudar as consequências da obra feita no terreno. É doentio.
Os serviços secretos consideraram que as drogas psicadélicas potenciavam desde a resolução de equações à planificação de obras. Estimularam a criação com alucinogénios como a mescalina tal como um catalizador social.
A questão é que os delírios e os suicídios se sucederam.
Os estudos cientificos dos alucinogénios terminaram, nos Estados Unidos, em 1965, Oficialmente.
Os problemas aliados aos testes continuaram no Canadá, por um cientista canadiano. nas últimas décadas. Os membros da equipa venderam a droga em papel embebido no mercado internacional. Nunca mostraram remorsos.
Em Zurique, estudam-se agora os efeitos da atividade cerebral modificada. Fazem-se cartas cerebrais como mapas da estrada. Continuam, é claro, a fazer-se em plena trip com a seretonina a ativar na base do cérebro. Chegaram à conclusão que o trabalho com os esquizofrénicos lhes tem sido benéfico.
Ninguém quer saber das experiências das alucinações dos "janados". Na altura dos pesadelos, das "más trip's", os cientistas não aparecem e os médicos das urgências não têm ideia daquilo que enfrentam.
A angústia dos objetos da experiência não é alvo de nenhuma limitação legal: é enquadrada no caso das depressões causadas por psicóticos pi... antipsicóticos, quiça...
As substâncias são perigosas e os pacientes ou aventureiros podem ficar presos dessas más viagens.
A paranoia e o delirio destes viajantes fechados em si para sempre, foi encerrada no diagnóstico dos psicóticos. Ninguém se lembrou de criminalizar os cientistas que fizeram destas pessoas cobaias.

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