José Eduardo dos Santos, presidente de Angola, anunciou que as primeiras eleições pós-guerra presidenciais, que estavam agendadas para este ano, foram adiadas para 2012.
A revelação foi feita no discurso de encerramento no congresso do MPLA, em Luanda. Para justificar o adiamento das eleições, o presidente disse desejar cumprir o mandato de quatro anos que está agora a exercer.
O constitucionalista português Jorge Miranda afirmou, a propósito da nova constituição de Angola, que era "um recuo democrático".
O adiamento na agenda eleitoral, só confirma as intenções do presidente angolano.
A passagem do regime semi-presidencialista para presidencialista tem entre os maiores críticos Marcolino Moco, antigo secretário-geral do MPLA e antigo primeiro-ministro. Saliente-se que, com a nova constituição, é ao presidente que cabe nomear os presidentes dos Tribunais de Contas, Constitucional, Supremo e a PGR.
Espera-se, com ansiedade e preocupação, aceder rapidamente a um exemplar desta nova constituição para perceber o mecanismo da eleição do presidente da República no futuro.
quinta-feira, 28 de janeiro de 2010
quarta-feira, 27 de janeiro de 2010
Falta de coragem política
Os 32 deputados franceses da comissão parlamentar que devia ter proposto legislação para o véu integral em França....não se entenderam. A proposta fica-se pela interdição do uso do nicab (deixa só os olhos à mostra) e da burka em repartições públicas. Tratar com pinças um assunto tão sério vai ter péssimos resultados. 63 por cento dos franceses exigem a interdição total do uso de nicab e da burca na via pública, nos automóveis, nas portagens, nos transportes públicos em geral.
terça-feira, 26 de janeiro de 2010
Fundamentalismo na Europa
Coro euronewsiano
Fotos de Pierre Vernay
Parte do grupo coral da euronews
.
Cantamos num canto mais retirado do restaurante "L'Ancien Doyen", em Estrasburgo, para rever os tons, as vozes e o repertório *, em véspera de actuação no Parlamento Europeu. Através do vidro fosco que dá para um hall, a pessoa que fala ao telemóvel parece familiar. E é! É a eurodeputada Ana Gomes.
Nem imaginar falhar a oportunidade... assim, entre duas baladas e no fim do telefonema da provável interlocutora, procuro a mesa dos eurodeputados socialistas, para deixar um cartão de visita e divulgar a presença do Coro da Euronews no dia 19 de Janeiro às 13 horas no PE.
Na mesa estão várias pessoas conhecidas, acolhedoras e muito respeitadas, que se revelam, no dia seguinte, os melhores dos telespectadores: Vital Moreira, Elisa Ferreira, Luis Paulo Alves...passaram a palavra a Edite Estrela que, depois, se viria a revelar uma calorosa fã.~É recíproco, Dra!
Nada aquece tanto o coração como falar a nossa língua no exterior. Chamem-lhe casa europeia ou outra coisa.
No fim do serão, depois dos cumprimentos de um professor universitário que nos disse que, com mais pessoas assim não haveria tantas guerras, dou-me conta que é com pessoal de uma televisão que volto a cantar em grupo.
Quando quase todos se abrigavam na cave da televisão bósnia, durante os bombardeamentos de Sarajevo, eu ficava a cantar com um grupo de técnicos e dois ou três jornalistas servo-croatas, entre o 1° e o 2° andar. Aprendi as melodias balcânicas e eles aprenderam duas baladas açorianas que cantava, desde sempre, com o Ferro Alves, na Figueira (também cantava Chicago, John Denver e Joan Baez com os Charana e o Bracourt...)
Em Agosto passado, cantei no velório da amiga e camarada de trabalho Anabela Vaz, que morreu tão prematuramente. Era a sétima de um longo rol de oito amigos desaparecidos em 2009.
E, devagarinho, como uma pressão vulcânica que galvaniza, passei a, naturalmente, cantar em vez de soluçar. Muito mais depois de Agosto.
Percebo bem porque ecoam os cânticos no Haiti: algures, no processo de sofrimento dá-se uma catarse: a dor, sendo insuportável, solta-se através do canto, libertário e libertino.
Desde sempre que canto espirituais negros como o "Freedom". Cantar o sonho de liberdade dos escravos, afinal, é como nadar debaixo de água até chegar à superfície: é uma questão de sobrevivência.
Dedos que depenicam
das profundezas
o ser mais puro
do coração
olhos que
à míngua
de mar de seda
por ele dedilham
no ar
em vão
- MJC no regresso de Estrasburgo
- Catedral de Estrasbugo by night
19 de Janeiro foi o 17° aniversário da morte do meu irmão Zé. Cantei para ele.
* repertório de música tradicional: cantos georgianos, búlgaros, romenos, israelitas e chechenos, entre outros
Parte do grupo coral da euronews
.
Cantamos num canto mais retirado do restaurante "L'Ancien Doyen", em Estrasburgo, para rever os tons, as vozes e o repertório *, em véspera de actuação no Parlamento Europeu. Através do vidro fosco que dá para um hall, a pessoa que fala ao telemóvel parece familiar. E é! É a eurodeputada Ana Gomes.
Nem imaginar falhar a oportunidade... assim, entre duas baladas e no fim do telefonema da provável interlocutora, procuro a mesa dos eurodeputados socialistas, para deixar um cartão de visita e divulgar a presença do Coro da Euronews no dia 19 de Janeiro às 13 horas no PE.
Na mesa estão várias pessoas conhecidas, acolhedoras e muito respeitadas, que se revelam, no dia seguinte, os melhores dos telespectadores: Vital Moreira, Elisa Ferreira, Luis Paulo Alves...passaram a palavra a Edite Estrela que, depois, se viria a revelar uma calorosa fã.~É recíproco, Dra!
Nada aquece tanto o coração como falar a nossa língua no exterior. Chamem-lhe casa europeia ou outra coisa.
No fim do serão, depois dos cumprimentos de um professor universitário que nos disse que, com mais pessoas assim não haveria tantas guerras, dou-me conta que é com pessoal de uma televisão que volto a cantar em grupo.
Quando quase todos se abrigavam na cave da televisão bósnia, durante os bombardeamentos de Sarajevo, eu ficava a cantar com um grupo de técnicos e dois ou três jornalistas servo-croatas, entre o 1° e o 2° andar. Aprendi as melodias balcânicas e eles aprenderam duas baladas açorianas que cantava, desde sempre, com o Ferro Alves, na Figueira (também cantava Chicago, John Denver e Joan Baez com os Charana e o Bracourt...)
Em Agosto passado, cantei no velório da amiga e camarada de trabalho Anabela Vaz, que morreu tão prematuramente. Era a sétima de um longo rol de oito amigos desaparecidos em 2009.
E, devagarinho, como uma pressão vulcânica que galvaniza, passei a, naturalmente, cantar em vez de soluçar. Muito mais depois de Agosto.
Percebo bem porque ecoam os cânticos no Haiti: algures, no processo de sofrimento dá-se uma catarse: a dor, sendo insuportável, solta-se através do canto, libertário e libertino.
Desde sempre que canto espirituais negros como o "Freedom". Cantar o sonho de liberdade dos escravos, afinal, é como nadar debaixo de água até chegar à superfície: é uma questão de sobrevivência.
Dedos que depenicam
das profundezas
o ser mais puro
do coração
olhos que
à míngua
de mar de seda
por ele dedilham
no ar
em vão
- MJC no regresso de Estrasburgo
- Catedral de Estrasbugo by night
19 de Janeiro foi o 17° aniversário da morte do meu irmão Zé. Cantei para ele.
* repertório de música tradicional: cantos georgianos, búlgaros, romenos, israelitas e chechenos, entre outros
sexta-feira, 15 de janeiro de 2010
Esquadra 501
quinta-feira, 14 de janeiro de 2010
Família euronewsiana cresce
Parabéns ao camarada de trabalho euronewsiano turco, Zeki Saatci! A sua mulher japonesa, Mina, acaba de dar à luz um explêndido casalinho de gémeos: a menina chama-se Miray e o menino Kayra!
Haiti hoje; Turquia em 1999
Espera-se o pior no Haiti. Num universo de 4 milhões de pessoas, numa ilha que tem a capital apenas a 15 km do epicentro, (que se situou a 8 km de profundidade, o que é nada) muitos milhares estarão soterrados (uns 100 mil, adianta o presidente). Na Turquia, em Izmit, o terramoto que atingiu toda a região de Marmara em 1999, o epicentro ficava a 200 km de Istambul. Teve mais de 7 na escala de Richter, como o do Haiti. E gerou um tsunami. Oficialmente, morreram 17 mil turcos. Oficiosamente, muito mais de 30 mil.
Por isso, os meus camaradas de trabalho turcos são os mais pessimistas neste início de turno da amnhã na redacção.
Por isso, os meus camaradas de trabalho turcos são os mais pessimistas neste início de turno da amnhã na redacção.
quarta-feira, 13 de janeiro de 2010
Fim guerrilheiro in Gabravo
Fim guerrilheiro (Maria João Carvalho)
Suspenso o sopro, travado o esgar
tremendo o olho num brilho louco
o sangue a verter na pele a rasgar
o ódio a morrer pouco a pouco
Sonhos no chão pela bandeira
opções doidas sangrando na marcha
juras traídas de amor â fogueira
a brasa, o sol, a terra que racha
Por cada arma queimada, um desejo,
por cada luto, uma posição
poder exigir não morrer sem um beijo
Gozar o luxo de ter coração
no anárquico tempo parado no ensejo
de cuspir â morte, entupir um vulcão.
Na colectânea Gabravo - Festa da Poesia na Artdomus, São Pedro de Sintra, participaram:
Américo Rodrigues
Fernando Grade
Héliot
João Rui de Sousa
Joaquim Evóneo
Jorge Guimarães
Jorge Marcel
Jorge Velhote
José Braga Amaral
José Carmo Francisco
José Luis Peixoto
José Mario Silva
Luis Filipe Sarmento
Luis Paulo meireles
m-parissy
Maria Almeida Medina
Maria Azenha
Maria João Carvalho
Mário Contumélias
Mário Dias ramos
Miguel Barbosa
Nuno Moura
Nuno Rebocho
Rafel Dionísio
Rita Taborda Duarte
Rosa Lapinha
Tiago Gomes
Tito Lívio
Todos os créditos da iniciativa são dos incansáveis artistas Ernesto Neves
- galerista e pintor -
e Nuno Rebocho
- poeta e jornalista.
Suspenso o sopro, travado o esgar
tremendo o olho num brilho louco
o sangue a verter na pele a rasgar
o ódio a morrer pouco a pouco
Sonhos no chão pela bandeira
opções doidas sangrando na marcha
juras traídas de amor â fogueira
a brasa, o sol, a terra que racha
Por cada arma queimada, um desejo,
por cada luto, uma posição
poder exigir não morrer sem um beijo
Gozar o luxo de ter coração
no anárquico tempo parado no ensejo
de cuspir â morte, entupir um vulcão.
Na colectânea Gabravo - Festa da Poesia na Artdomus, São Pedro de Sintra, participaram:
Américo Rodrigues
Fernando Grade
Héliot
João Rui de Sousa
Joaquim Evóneo
Jorge Guimarães
Jorge Marcel
Jorge Velhote
José Braga Amaral
José Carmo Francisco
José Luis Peixoto
José Mario Silva
Luis Filipe Sarmento
Luis Paulo meireles
m-parissy
Maria Almeida Medina
Maria Azenha
Maria João Carvalho
Mário Contumélias
Mário Dias ramos
Miguel Barbosa
Nuno Moura
Nuno Rebocho
Rafel Dionísio
Rita Taborda Duarte
Rosa Lapinha
Tiago Gomes
Tito Lívio
Todos os créditos da iniciativa são dos incansáveis artistas Ernesto Neves
- galerista e pintor -
e Nuno Rebocho
- poeta e jornalista.
"A verdade da mentira"
Moita Flores colocou o dedo na ferida: por que raio é que o Casal McCann não é, ainda, alvo de qualquer processo por negligência?!
O julgamento do livro de Gonçalo Amaral é um atentado â liberdade, afirmou.
Claro que tem toda a razão.
.....................................................................................
Notícia do Correio da manhã sobre o julgamento:
13 Janeiro 2010 - 00h30
Justiça: Contestação à providência cautelar sobre ‘A Verdade da Mentira’
“Maddie morreu e pais ocultaram”
A investigação ao desaparecimento de Madeleine McCann, na Praia da Luz, em Maio de 2007, começou como se de um rapto se tratasse. Mas "Kate e Gerry McCann foram constituídos arguidos porque os elementos recolhidos durante a investigação apontavam para morte, simulação de rapto e ocultação do cadáver da criança", garantiu ontem em tribunal o inspector-chefe Tavares de Almeida, um dos investigadores da PJ que teve o caso em mãos até ser afastado – no início de Setembro de 2007 – quando pediu a alteração das medidas de coacção para prisão preventiva "para evitar a sua saída de Portugal".
'Sempre falámos em morte acidental. Até o procurador Magalhães Menezes [titular do processo] acreditava na morte de Maddie, tal como a própria Kate a determinada altura. Mas a PJ não tem poder de acusar e o processo foi arquivado', explicou Tavares de Almeida – perante o casal McCann – na primeira sessão de contestação à providência cautelar que proibiu a venda do livro do ex-inspector da PJ Gonçalo Amaral ‘A Verdade da Mentira’.
'Os cães detectaram sangue e odor a cadáver no apartamento e no carro alugado. E tudo o que foi recolhido foi em conjunto com elementos do laboratório de Birmingham para não haver discrepâncias. Mas, por incrível que pareça, depois de o primeiro resultado ter mostrado que 15 em 19 alelos da amostra de ADN de Madeleine coincidiam, vieram dizer que tinham contaminado as amostras', acusou Tavares de Almeida.
A tese de morte e ocultação do cadáver foi defendida também pelo inspector Ricardo Paiva, que foi oficial de ligação entre a PJ e a família britânica. 'Partilho da afirmação de Gonçalo Amaral no livro. Maddie morreu, provavelmente num acidente trágico, e todos os indícios apontam para que os pais tenham ocultado o cadáver', afirmou.
A tese foi defendida pelo director da Unidade Nacional de Contra-Terrorismo, Luís Neves – 'a simulação de rapto, ocultação de cadáver e morte acidental são hipóteses' – e pelo procurador Magalhães e Menezes – 'é mais provável que a criança esteja morta'.
O julgamento do livro de Gonçalo Amaral é um atentado â liberdade, afirmou.
Claro que tem toda a razão.
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Notícia do Correio da manhã sobre o julgamento:
13 Janeiro 2010 - 00h30
Justiça: Contestação à providência cautelar sobre ‘A Verdade da Mentira’
“Maddie morreu e pais ocultaram”
A investigação ao desaparecimento de Madeleine McCann, na Praia da Luz, em Maio de 2007, começou como se de um rapto se tratasse. Mas "Kate e Gerry McCann foram constituídos arguidos porque os elementos recolhidos durante a investigação apontavam para morte, simulação de rapto e ocultação do cadáver da criança", garantiu ontem em tribunal o inspector-chefe Tavares de Almeida, um dos investigadores da PJ que teve o caso em mãos até ser afastado – no início de Setembro de 2007 – quando pediu a alteração das medidas de coacção para prisão preventiva "para evitar a sua saída de Portugal".
'Sempre falámos em morte acidental. Até o procurador Magalhães Menezes [titular do processo] acreditava na morte de Maddie, tal como a própria Kate a determinada altura. Mas a PJ não tem poder de acusar e o processo foi arquivado', explicou Tavares de Almeida – perante o casal McCann – na primeira sessão de contestação à providência cautelar que proibiu a venda do livro do ex-inspector da PJ Gonçalo Amaral ‘A Verdade da Mentira’.
'Os cães detectaram sangue e odor a cadáver no apartamento e no carro alugado. E tudo o que foi recolhido foi em conjunto com elementos do laboratório de Birmingham para não haver discrepâncias. Mas, por incrível que pareça, depois de o primeiro resultado ter mostrado que 15 em 19 alelos da amostra de ADN de Madeleine coincidiam, vieram dizer que tinham contaminado as amostras', acusou Tavares de Almeida.
A tese de morte e ocultação do cadáver foi defendida também pelo inspector Ricardo Paiva, que foi oficial de ligação entre a PJ e a família britânica. 'Partilho da afirmação de Gonçalo Amaral no livro. Maddie morreu, provavelmente num acidente trágico, e todos os indícios apontam para que os pais tenham ocultado o cadáver', afirmou.
A tese foi defendida pelo director da Unidade Nacional de Contra-Terrorismo, Luís Neves – 'a simulação de rapto, ocultação de cadáver e morte acidental são hipóteses' – e pelo procurador Magalhães e Menezes – 'é mais provável que a criança esteja morta'.
terça-feira, 12 de janeiro de 2010
luz da Luz in Gabravo
.
Escrevi o Plágio da Vida ou luz da Luz para um encontro de poetas, em S. Pedro de Sintra. Encontrei o único exemplar da colectânea Gabravo que guardei, onde estão todos os poemas da maravilhosa colheita de 2002. Gosto especialmente deste. Amanhã transcrevo um outro, Fim Guerrilheiro
Pedra a pedra
o arco, a ogiva
catedral imensa
à luz que flui
e o homem centro
agreste intenso
uma a uma
as pedras rui
constrói destrói
cresce decresce
fere mata
depressa a peste
Arquitecto é o sonho
a quem a vida
desacontece
aqueles que ama
e persiste
a artimanha da aranha
mais sonho tece
ogiva ergue a chama.
Escrevi o Plágio da Vida ou luz da Luz para um encontro de poetas, em S. Pedro de Sintra. Encontrei o único exemplar da colectânea Gabravo que guardei, onde estão todos os poemas da maravilhosa colheita de 2002. Gosto especialmente deste. Amanhã transcrevo um outro, Fim Guerrilheiro
Pedra a pedra
o arco, a ogiva
catedral imensa
à luz que flui
e o homem centro
agreste intenso
uma a uma
as pedras rui
constrói destrói
cresce decresce
fere mata
depressa a peste
Arquitecto é o sonho
a quem a vida
desacontece
aqueles que ama
e persiste
a artimanha da aranha
mais sonho tece
ogiva ergue a chama.
segunda-feira, 11 de janeiro de 2010
Ainda a Neve
quinta-feira, 7 de janeiro de 2010
Gatos
A Pantufa está de férias na minha casa em França, enquanto os donos fazem as suas na Figueira da Foz. Está feliz. Leio os postais do Japão,a Tufa observa. Mal poiso, pede festinhas.
Lembra-me os bons velhos tempos do Balthazar-Gremlin...que, aliás, foram poucos e duros, bem vistas as coisas. Ainda tenhos as cicatrizes nos braços. Despachei-o para o campo com um vendedor de legumes da praça de Ecully. Eh...eh...e o Balthazar arranjou logo um amigo como ele, surdo e selvagem.
Lembra-me os bons velhos tempos do Balthazar-Gremlin...que, aliás, foram poucos e duros, bem vistas as coisas. Ainda tenhos as cicatrizes nos braços. Despachei-o para o campo com um vendedor de legumes da praça de Ecully. Eh...eh...e o Balthazar arranjou logo um amigo como ele, surdo e selvagem.
terça-feira, 5 de janeiro de 2010
Excessos da humanidade
Claro que o ano tinha de começar em termos noticiosos...e foi triste. A humanidade não muda. O Dubai, que nasceu na areia no último meio século, apesar da bancarrota, pediu um empréstimo a um vizinho - Abu Dhabi, e conseguiu mesmo inaugurar a última das obras públicas megalómanas, o World Dubai. A 14 de Dezembro, o mais rico dos Emirados Árabes Unidos emprestou 10 mil milhões de dólares para o World Dubai poder honrar uma dívida de mais de quatro mil milhões de dólares ao gigante imobiliário Nakheel.
Mas a dívida pública do Dubai ascende a 100 mil milhões de dólares. Por isso, a era dos projectos faraónicos parece estar no fim...ou adiada sine die. Esperemos que prevaleça o bom senso.
Um outro país que choca, pelo abandono a que tem sido votado e que deu mau resultado em termos de fundamentalismos radicais, é o Iémen. Fiz uma pequenina análise para a euronews sobre o assunto.
As condições geográficas e políticas do Iémen parecem ter facilitado a implantação da Al Qaida e de algumas congéneres regionais. A pobreza e a corrupção tornaram a ameaça terrorista tão séria que Washington já não a pode ignorar.
No dia 21 de Dezembro passado, alguns membros da organização fizeram uma das raras manifestações públicas no país, aproveitando a vaga de sessionismo no sul iemenita. Fizeram a apologia da guerra contra os Estados Unidos, repetindo que os americanos e os aliados são o seu principal alvo.
A tentativa de cativar os independentistas para a guerra santa não tem entraves, pois o governo não controla mais do que a capital, entricheirada entre o norte e o sul. A guerra civil com os rebeldes xiitas, desde 2004, esgota o exército. Na anterior guerra civil, dos anos 60, a luta foi travada em dois estados simultaneamente (Iémen do Norte e do Sul), embora os dois estados não se confrontassem directamente. Quem promovia a subversão num deles estava aliado a quem fazia a contra-subversão no outro…o que se passou um pouco por todo o mundo: os dois Vietnames, as duas Coreias...
O Iémen está unificado desde 1990.
Mas as tensões separatistas enfraquecem o poder e fortalecem os radicais islâmicos no sul da península arábica. Na útima década, os terroristas fizeram atentados em todo o território, contra interesses americanos e estrangeiros, em geral. As redes terroristas imnitas reforçaram-se com activistas da Arábia Saudita, do Iraque, do Paquistão e da Somália.
Em 2003, deram a conhecer-se na capital da Arábia Saudita, com três atentados suicidas em simultâneo, num bairro residencial para estrangeiros. Mas já tinham afundado o destroyer americano USS Cole no Iémen.
Em 2006, 20 dos principais suspeitos desse atentado conseguiram fugir da prisão do Iémen, o que suscitou muitas interrogações sobre o envolvimento das autoridades iemnitas e da falta de controlo do país. Dois desses fugitivos (um deles, assessor pessoal de Bin Laden para o Afeganistão), protagonizaram um anúncio de fusão dos grupos terroristas sauditas e iemnitas, em Janeiro de 2009. Logo a seguir começaram os ataques em toda a região.
Os analistas dividem-se quanto ao número de militantes armados da rede AQPA - Al Qaeda da Península Arábica", mas concordam sobre a consistência da ameaça.
segunda-feira, 4 de janeiro de 2010
euronews: frio lá fora; quentinho na redacção
A Euronews deu boas vindas ao novo ano com um beberete na redacção: na foto, a galega Maria Piñero em grande plano....mesmo que fluido...de telemóvel.
Os Sacha's (é verdade, a ambos chamamos Sacha) preferem o frio da neve, a que estão habituados, para fumar mais um cigarrito. Parece que só lhes falta vodka... pois não vão lá muito com champagne.
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