sábado, 4 de abril de 2015

Noia - ativistas dormentes ou bicho papão? A sociedade está doente

Hoje fui ao centro de Lyon e fiz uma parte do trajeto em troley/tramway até à Confluence. iam três jovens de pé....um veio para a minha frente e sentou-se, e os outros dois só na penúltima paragem se sentaram junto, quando tiveram lugar. Desde o início que o primeiro me chocou: 18, 19 anos, olhar parado, todo de negro, capucho na cabeça. Acho que os outros dois vieram para perto para o vigiar. Esses tinham a barba aparada, headphones nos ouvidos, gel no cabelo e estavam também de preto, com as evidentes sapatilhas nike e uma t-shit Lacoste, um e o outro Adidas. Alertaram o dormente de capuz, em árabe e não tinham o olhar apagado assim, pelo contrário: olhos brilhantes e atentos. Fiquei a pensar que devia haver agentes, como em Portugal e em Espanha, na rua, nos transportes públicos. Não há. Há grupos de comandos nas estações e locais sensíveis. Não me admirava nada se o "dormente"tivesse acabado de chegar ou estivesse para partir para a Síria. Os outros dois eram, nitidamente, recrutadores. Lembrei-me de um twitt que vi ontem, de um encapuzado, que dizia: "imaginem o escândalo: nenhum dos universitários quenianos executados sabia um verso do Corão! Isso não vos escandaliza?"
Até sair do trabalho, a polícia não tinha retirado o post nem a foto do encapuzado, que continuava, alegre e impunemente a twittar...

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