quarta-feira, 9 de outubro de 2013

Não há paz sem força real

Numa alusão ao artigo No peace without real force,http://fw.to/WPQs6jE do Tampa Bay Times, penso que:


 Num Mundo ideal, o ser humano não precisaria de ter indústrias de armamento, para começar. Mas desde que o homem é Homem, a conquista faz-se pela luta e nunca deixa de haver desejo de conquista porque o ser humano está cada vez mais ambicioso.
Quando aconteceu o massacre no Ruanda, todos lembraram que já depois da II Guerra Mundial se tinha dito "Nunca Mais". Mas o massacre do Ruanda aconteceu (1994) porque a ONU não se deu ao trabalho de conseguir um mandato para defender a população e fugiu cobardemente do Ruanda, deixando os civis entregues à sua sorte, ou seja, aos golpes insdiscriminados de drogados manipulados sedentos de sangue.  
Depois disso, pensei que não se empilhariam mais cadáveres em terreno que eu pisasse, como acontecera em Sarajevo, Srebrenica (Bosnia), em Vukovar e Vincocki (Croácia). Mas empilharam. Nomeadamente em Angola, onde os soldados carregavam os mortos na retirada mas ficava o ar empestado... a morte. Não era preciso muito para dar com eles. Nas Lundas, as famílias enterravam os mortos nos terrenos envolventes das casas, onde houvera jardins. No Huambo, fez-se tiro ao alvo, como em Sarajevo.
Assim, o que muda com a Síria ou com a Turquia, que não tenhamos já visto no passado? Melhoraram a arte de matar? Ou, por outras palavras - que de arte, já não tem nada - matam mais e mais depressa? As armas químicas são mais letais do que os mísseis? Ou trava-se uma guerra da Rússia e do Irão, com soldados talibãs, contra os aliados moderados do Líbano e Israel?
A paz só seria viável se a indústria do armamento fosse desmantelada. Se por cada americano deixasse de haver as seis pistolas que todos os republicanos se gabam de ter, para eles e crianças, claro...há que aprender a disparar desde pequenino.
Os terroristas fazem bombas com pregos, para fazer mais estragos e as crianças palestinianas, que passaram a idade de apedrejar, lançam cocktails molotov, tão fáceis de fazer.
 Assim, a paz entre os países deixou de ser possível, mesmo quando os vizinhos se respeitam. A França tem uma Legião Estrangeira em toda a África que lhe interessa - em 50 países, pelo menos. Destitui e coloca ditadores nas presidências, a seu belo prazer, que vêm depois gastar o dinheiro na praça Vendome. A Alemanha também tem uma indústria de armamento importante, mas continua a permitir as afrontas da Coreia do Norte ao Japão, apesar das bases americanas no seu território.
A hipocrisia humana é grande, quando se trata de falar de paz e dar apertos de mão em cimeiras que servem para conluios económicos bilaterais.
Infelizmente, a questão é: o que estamos supostos a sacrificar para não nos entrar uma guerra dentro de fronteiras? Enviar soldados para a morte além fronteiras?  
Temos gente a dormir na rua, em todos os países, e os republicanos americanos não querem pagar o programa de saúde de Obama? E o governo húngaro prende os sem abrigo que não recolherem a centros onde são espancados e roubados?
Que mundo é este onde todos trabalham para desconseguir a paz em troca de algum lucro? Onde se abusa dos impostos sobre o rendimento das famílias em prol do enriquecimento absurdo dos judeus das empresas de notação financeira que dão as notas ao comportamento económico dos países?
A paz só é mesmo possível com um exército por trás. Só que chegámos ao limite de termos milhões de descontentes com armas letais nas mãos. E, sem fronteiras, na Europa, a instabilidade é maior, e a paz é precária.

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