terça-feira, 22 de janeiro de 2013

CP e REFER: tanta história mal contada

Mal passava das 21:30 de segunda-feira 21 de janeiro, quando o Intercidades se "enfaixou" (entrou por ele dentro) no regional que saira de Coimbra às 21:18 h e que foi estacionou às 21:30, na mesma linha, em Granja do Ulmeiro, estação de Alfarelos.  Também ninguém percebe porque é que há um direto, a esta hora, de Coimbra para Alfarelos e não para a Figueira, que serviria melhor os utentes vindos de Lisboa e Porto, dos aeroportos, inclusivamente.
Percebe-se que o regional não era um comboio parado para servir os utentes. Era um comboio negligenciado numa linha porque não estava ninguém para mudar a agulheta e o colocar na linha onde devia estacionar durante a noite - uma testemunha afirmou isto, precisamente isto, mas houve grande cuidado em não repetir a difusão do testemunho desta residente na Granja do Ulmeiro.
A greve às horas extraordinárias na CP alterou profundamente a vida dos utentes, nos últimos anos. Ninguém falou disso. Os portugueses habituaram-se a ser roubados todos os dias, a que lhes diminuam os serviços públicos porque já cansa demasiado protestar para representantes eleitos pelo povo, mas cegos, surdos e mudos perante a revolta generalizada.
Quando regressei a França num voo para o qual me devia apresentar às 9:30/10h no Porto, tive de pedir à minha mãe para me levar às 7 h ao aeroporto Sá Carneiro. Tenho a sorte de ter mãe, mãe essa que ainda conduz e pode ir comigo. Muitos não têm ninguém, família ou amigos que possam (financeiramente falando) ajudar. Não havia qualquer comboio da Figueira, ou mesmo âs 8 do Porto.
Agora que houve uma evidente negligência que deve ser divulgada publicamente pelo inquérito da REFER e da CP, espero que seja feita a correção de todo o género de anomalias - como os comboios sem ligação para cidades importantes como a Figueira da Foz  e vilas como Montemor-O-Velho, onde tantos jovens atletas internacionais vêm treinar no circuito europeu de remo e se vão divertir depois no mar, seja com o surf, o kite ou até uma saída à noite (para as quais também não há transporte ferroviário).
Há uma lacuna chocante no serviço da CP, que devia colmatar as falhas provocadas pela crise financeira na vida das famílias, em termos de transporte.
Espera-se que este "aviso", que se saldou, felizmente, em apenas duas dezenas de feridos ligeiros, alerte a comunidade para o que se está a passar e se possa exigir aos administradores e responsáveis do governo, uma rede ferroviária de transportes à medida de um país da UE em 2012. É o mínimo!

No site do concelho de Montemor-o-Velho (vila mhistórica magnífica) pode ler-se: os amantes de desporto têm à sua disposição um Centro de Alto Rendimento, um centro equestre, uma pista de BMX, vários pavilhões desportivos e polidesportivos descobertos, podendo praticar patinagem, basquetebol, voleibol, atletismo, futebol, petanca, hipismo, rugby, tiro, ciclismo, pesca, canoagem, entre outros desportos.

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