terça-feira, 21 de junho de 2011

Oceanos estão a morrer

Os oceanos estão à beira da catástrofe. 27 cientistas reunidos pelo Programa Internacional sobre o Estado do Oceano e IUCN, anunciam uma extinção em massa de espécies marítimas comparável à dos dinossauros.
Submetidos a um aumento das temperaturas, à pesca excessiva  e à crescente poluição, as águas apresentam já todos os sintomas que antecedem as extinções em massa.
 
O alerta foi dado num relatório dos 27 especialistas de seis países – que se reuniram em Abril na Universidade de Oxford.
 
Os cientistas traçam um cenário catastrófico. Entre os sinais está o sobre-aquecimento dos oceanos e a sua acidificação, que reduz os níveis de oxigénio na água.
 
As conclusões deste relatório serão apresentadas na sede da ONU em Nova Iorque ainda esta semana, quando os representantes governamentais começarem a discutir a reforma da gestão dos oceanos.
 
 
Cinco extinções em massa foram registadas após calamidades naturais, durante as quais mais de 50% das espécies existentes desapareceram.
    
No Brasil, em janeiro passado, apareceram 100 toneladas de sardinhas mortas.
 
Noutros locais são outras espécies como as mangueiras que estão a desaparecer a um ritmo sem precedentes e bem mais rápido do que anunciavam os piores prognósticos.
 
Ecossistemas marinhos inteiros, como os recifes de coral, podem desaparecer numa geração.
  
A culpa desta degeneração é a sinergia de três fatores também presentes nas passadas extinções em massa:
  
A diminuição ou o desaparecimento do oxigénio da água do mar, que multiplica as zonas mortas, a acidificaço da poluiço e o aquecimento do oceano.
 
Os cientistas assinalam que o tempo de reação se esgota e propõem soluções urgentes.
 
 
Para começar, a redução imediata das emissões de CO2. Principais responsáveis pelo reaquecimento climático, as emissões de gases com efeito estufa não diminuem.
Em 2010, aumentaram 5% superando o recorde de 2008.
 
Há que agir com urgência para preservar as reservas de peixe, diminuir as quotas de pesca, fechar as zonas de espcies ameaçadas e estabelecer reservas de biodiversidade marinha.
  
Tem de ser feito um controlo rigoroso da contaminação devida ao aos produtos tóxicos lançados ao mar, como as águas residuaises, os fertilizantes, etc.
Os cientistas recomendam também garantias para uma exploração segura dos recursos minerais e energéticos do mar. Este ponto inclui também a instalação de gasodutos e de cabos submarinos utilizados pelas turbinas eólicas.
  
Por último, pedem à ONU que assuma a responsabilidade da boa gestão dos oceanos a cima das jurisdições nacionais.

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