sexta-feira, 16 de abril de 2010

Dom Duarte na Figueira


A presença de Dom Duarte na Figueira da Foz suscitou questões, há muito silenciadas, tanto por republicanos como por monárquicos ou académicos, monárquicos ou não.
O Professor Aníbal de Castro, a quem, unanimemente, todos chamam Mestre, levantou o véu sobre a carbonária e a maçonaria, o seu papel no regicídio e na manipulação das suas consequências. Na realidade, nunca ninguém falou no pós-regicídio - como se a democracia se tivesse instalado milagrosamente a seguir ao drama vivido no Terreiro do Paço ou depois do exílio e morte de Dom Manuel II.

Tamém foi focada, por vários intervenientes na Tertúlia de Fátima Campos Ferreira, no Casino da Figueira, a questão da expoliação dos bens da Casa de Bragança, na época da extinção dos morgadios. Os bens da Casa de Bragança não são os bbens da Monarquia, mas de uma dinastia.

Aliás, ficou evidente que a República pouco cuida dos bens, como as Joias da Coroa, à sua guarda. Estou tão abandonadas num cofre sem segurança algures na Europa, que é melhor nem especificar muito para não atrair ladrões de casaca ou doutra estirpe.

Uma crítica foi sublinhada: os gastos exorbitantes com o centenário da república: foram atribuidos 10 milhões para as celebrações, sem concurso público, sem nada. "A FundaÇão Camões não tem esse orçamento, por exemplo", queixou-se Sua Alteza Real.

Sem querer explicar-se muito sobre a própria curiosidade cibernáutica ("por se deizerem tantos disparates nos sites e redes sociais") mostrou que está up to date em relação aos sites do Instituto da Democracia ou de sites de várias Causas Reais. Salientou que a desunião tem sido um dos aspectos que mais afecta a construção de uma possível campanha pela monarquia, na expectativa de alteração constitucional. Os comentários desempoeirados, honestos, de uma simplicidade espantosa, suscitaram várias vagas de riso abafado no salão nobre do Casino. Risos de admiração por tal valentia na apresentação de argumentos.
E pelo humor:
- "Estamos aqui para descomemorar a república"



Hoje, pode ler-se no Diário Digital e na Lusa, que o pretendente ao trono português, D. Duarte Pio de Bragança, defende uma verdadeira revolução nacional cultural contra os absurdos programas escolares, classificando de mentira» a História de Portugal que se ensina nas escolas.

"Tenho muitas vezes de explicar [ao filho Afonso] que o que ensinam no programa oficial de História de Portugal, a maior parte é mentira", disse D. Duarte, ontem, quinta-feira, durante uma tertúlia no Casino da Figueira.

Respondendo a uma pergunta da jornalista Fátima Campos Ferreira, anfitriã da tertúlia "125 minutos com...", sobre o acompanhamento do percurso escolar do filho, D. Duarte acrescentou que História de Portugal retratada nos manuais escolares "é propaganda política".

2 comentários:

mch disse...

Viva

Um bom comentário e um estilo desempoeirado
è irmã do Pedro que está no Japão?

Cumprimentos
mendo Castro henriques

Anónimo disse...

Sim, caro Amigo, sou irmã do Pedro Miguel que, agora, também é Amakasu Raposo de Medeiros Carvalho.

Não tive tempo de encontrar o seu email por isso lhe respondo aqui. Com a maior admiração e os melhores cumprimentos