Este post também serve para enviar um abraço especial à Carla, em Tóquio, com felicidades para os gémeos e o blog "quarenta dedinhos"
O que a minha linda sobrinha/afilhada gosta mais: calçar os sapatos do Papá Pedro...eh...eh....
aqui... a pensar na vida....
A Yumiko Maria é irresistível, não é? Aqui passeia com a Mamã Keiko na rua em Nagoya
quinta-feira, 31 de dezembro de 2009
Fúria Divina
O Zé Rodrigues dos Santos atingiu aquele plano de maturidade intelectual nobre dos escritores com talentos próprios somados ao espírito de trabalho e de pesquisa.
É que este jornalista e professor podia fazer muito boa pesquisa e depois ser menos eficaz na transmissão da história de base. Mas não...a história flui ligeira e, sem darmos conta, estamos a acariciar as páginas, a sentir bem o peso do livro e a doçura do papel, enquanto seguimos a formação do miúdo na madrassa ou quando ele muda de prisão com os outros irmãos muçulmanos. Gostei muito do início com Tomás Noronha, não fosse a minha costela açoriana. A descrição do cozido esta tão boa que eu senti o gosto na boca, depois de visualisar o manjar propriamente dito. A única inverosimilhança é o Humvee nas Furnas. Os helicópteros, sei por experiência própria, poisam em qualquer lado. Mas passear num Humvee nas Furnas, custa-me mais aceitar por uma questão de respeito pelo ambiente, quase sagrado.
O Zé respondeu no livro a todas as questões que os jornalistas, e curiosos em geral, colocavam sobre a transformação de bons mulçulmanos em máquinas de ódio e de morte. Que há no Alcorão que se possa interpretar tão dubiamente? Que é preciso para atrair jovens estudantes ocidentais às madrassas do Paquistão?
Estou encantada. Tinha comprado o livro para a minha filha Marta, a seu pedido, comecei a lê-lo no dia de Natal e tive de o trazer emprestado para a viagem para Lyon, porque não conseguia interromper.... e já ia nas 250 páginas.
Está magistral, inspirado, trabalhado. A ler....obrigatoriamente.
Já foi premiado pelo Clube de Jornalistas do Porto e deve receber outros prémios, porque merece.
A propósito, tirei-lhe a cobertura, a sobrecapa, para o ler. Gosto mais da capa a preto e branco.
Parabéns ao autor da obra-prima.
terça-feira, 29 de dezembro de 2009
Gaivotas no surf
Nunca tinha visto... e quando ia para fotografar fiquei sem bateria...
Mas tenho de vos dizer que AS GAIVOTAS DA FIGUEIRA SURFAM!!!!Isso mesmo, em Buarcos, três ou quatro gaivotas mais espertas estão a repetir a dança dos surfers em busca das vagas e a deslizar nelas até à areia....lindo de morrer!
Para a próxima ida à praia de Buarcos, em Abril de 2010, estarei artilhada de material fotográfico em condições, prometo.
quinta-feira, 24 de dezembro de 2009
Lema para 2010
Nesta véspera de Natal,que para mim é sempre recomeço,adoptei um lema turco que vi num postal francês para transmitir à filha, amigos e (agora), ciberamigos e curiosos:
Tenta alcançar a lua porque, se falhares, sempre aterras nas estrelas.
É o que desejo a par de muita energia positiva para que as coisas boas aconteçam e as relações interpessoais sejam mais fáceis.
Um Ano 2010 feliz e pleno para nós todos.
Tenta alcançar a lua porque, se falhares, sempre aterras nas estrelas.
É o que desejo a par de muita energia positiva para que as coisas boas aconteçam e as relações interpessoais sejam mais fáceis.
Um Ano 2010 feliz e pleno para nós todos.
segunda-feira, 21 de dezembro de 2009
Férias sem bagagem!
Inacreditável! Cheguei a Lisboa às 14:00h de sábado 19.12 e ainda não me entregaram a minha mala que, afinal, não embarcaram em Lyon. Tenho feito umas compritas com factura a apresentar: lingerie, cremes, etc. Fui boazinha e não comprei o fato de banho mas, como não passo sem piscina nas férias, amanhã trato disso. rrrrrrrrrrr. Para não dizer que estou furiosa!!!! Foi no aeroporto de Lyon.... e os franceses vão pagar, claro.
ps: a bagagem apareceu 4 dias depois. As facturas, afinal, são para a TAP...depois de muitos telefonemas e chatices, duas idas e vindas à Rodoviária ...lá recebi a mala com 50 mil etiquetas...
ps: a bagagem apareceu 4 dias depois. As facturas, afinal, são para a TAP...depois de muitos telefonemas e chatices, duas idas e vindas à Rodoviária ...lá recebi a mala com 50 mil etiquetas...
sexta-feira, 18 de dezembro de 2009
quinta-feira, 17 de dezembro de 2009
A verdade do meu Natal: Dom Manuel Martins
Acabo de ouvir uma verdade, proferida por Dom Manuel Martins, que devia ser repetida aos quatro ventos enquanto o mundo é mundo: o Homem ofende Deus todos os dias enquanto ofender o próprio Homem. Porque o amor a Deus não pode ser vertical, é impossível ofender Deus directamente porque ele é Deus. Mas ofender na horizontal, os semelhantes, o Homem, é ofender Deus.
quinta-feira, 3 de dezembro de 2009
Salvem o Planeta!
Nas últimas semanas tenho trabalhado muito na área do Ambiente, em preparação para a Cimeira do Clima em Copenhaga. E quanto mais escrevo e mais gravo mais chocada fico com os propósitos do líderes dos chamados países das economias emergentes - tipo os ricos que paguem a crise, que a gente tem de resolver os problemas domésticos!
Eu sempre fui pela responsabilização dos próprios actos. Se os produtos dos países em vias de desenvolvimento inundam os mercados europeus sem obedecer a normas, sem pagar taxas, com etiquetagens falsas e o lucro, legítimo e ilegítimo, não é investido na população que (agora) dizem defender, o que mudou?
Porque é que agora exigem "créditos carbónicos" e adiantam "reduções de densidade carbónica em relação ao PIB (redução de poluição per capita") pelos valores de 2005 mas até 2020? Tá tudo parvo ou tá tudo parvo?
Do modo como a poluição aumenta e como o degelo se faz, não haverá grande coisa a discutir pelos valores de 2020.
"As neves de Kilimanjaro" passaram a ser um mito...
um filme...porque o glaciar derreteu!
Localizado na Tanzânia e com 5.892 metros de altura, o Kilimanjaro é o ponto mais elevado do continente africano - e também uma das imagens mais conhecidas, atraindo 40 mil turistas por ano. Mas dificilmente Ernest Hemingway teria inspiração hoje para escrever "As neves do Kilimanjaro", publicado pela primeira vez em 1936.
A paisagem actual nada tem a ver com a das primeiras décadas do século passado.
As análises do gelo e das rochas indicam que a montanha nunca teve uma cobertura de neve tão pequena nos últimos 11.700 anos, nem mesmo durante períodos de seca severa, que duraram mais de 300 anos.
No jardim zoológico de Moscovo há flores que só deviam aparecer na Primavera e os ursos ainda não hibernaram.
A placa de gelo da costa siberiana derreteu e agora os navios passam por lá do Pacífico para o Atlântico (aumentando tambem a poluição e contribuindo para acelerar o problema).
A Amazónia perdeu cerca de 45 por cento da sua superfície e Brasília exige contrapartidas para tratar deste autêntico cancro do pulmão do Planeta - mas nada faz contra os latifundiários que aumentam a extensão das terras à conta da desflorestação ilegal...
Ao ritmo actual, em 2030, as energias fósseis (petróleo, gás e carvão) representarão ainda 85 por cento do consumo total de energia.
Para além das óbvias consequências sobre a biodiversidade e os ecossistemas, os especialistas lembram que as alterações climáticas põem também em causa a própria economia mundial.
Antes da Cimeira da ONU sobre o clima, em Copenhaga, os 21 países da APEC já travaram as ambições dos ecologistas. Na verdade, dois dos seus membros, a China e os Estados Unidos, emitem, sozinhos, 40 por cento de gases com efeito estufa no planeta. Os Estados Unidos não avançaram números de redução do CO2: estão em segundo lugar no ranking de poluidores mundiais logo a seguir à China. Uma lei para reduzir as emissões em 17 por cento de 2005 a 2020 ainda não foi votada no Senado, depois da passagem na Câmara dos Representantes, em Junho.
A União Europeia e o Japão anunciaram objectivos firmes para Copenhaga: uma redução de 20 por cento para os europeus, de 25 por cento para os nipónicos, mas ao nível da emissão de gases de 1990 até 2020. Os Estados Unidos não avançam objectivos específicos de redução. A China e a Índia recusam objectivos vinculativos. Os grandes poluidores, apesar de recentes, juntam-se à União Africana para exigir que os países ricos reduzam 40 por cento, até 2020, mas calculados em relação às emissões de 1990. É difícil conciliar interesses tao contraditórios mas, entretanto, as emissões para a atmosfera continuam a aumentar. Depois de 1990, data de referência do protocolo de Quioto, as emissões progrediram 41 por cento, com um pico de 29 por cento entre 2000 e 2008. A última notícia inquietante, segundo a Revista Nature Geoscience, é que os oceanos e florestas armazenam cada vez menos CO2. A função de poços de carbono está simplesmente a esgotar-se.
Eu sempre fui pela responsabilização dos próprios actos. Se os produtos dos países em vias de desenvolvimento inundam os mercados europeus sem obedecer a normas, sem pagar taxas, com etiquetagens falsas e o lucro, legítimo e ilegítimo, não é investido na população que (agora) dizem defender, o que mudou?
Porque é que agora exigem "créditos carbónicos" e adiantam "reduções de densidade carbónica em relação ao PIB (redução de poluição per capita") pelos valores de 2005 mas até 2020? Tá tudo parvo ou tá tudo parvo?
Do modo como a poluição aumenta e como o degelo se faz, não haverá grande coisa a discutir pelos valores de 2020.
"As neves de Kilimanjaro" passaram a ser um mito...
um filme...porque o glaciar derreteu!
Localizado na Tanzânia e com 5.892 metros de altura, o Kilimanjaro é o ponto mais elevado do continente africano - e também uma das imagens mais conhecidas, atraindo 40 mil turistas por ano. Mas dificilmente Ernest Hemingway teria inspiração hoje para escrever "As neves do Kilimanjaro", publicado pela primeira vez em 1936.
A paisagem actual nada tem a ver com a das primeiras décadas do século passado.
As análises do gelo e das rochas indicam que a montanha nunca teve uma cobertura de neve tão pequena nos últimos 11.700 anos, nem mesmo durante períodos de seca severa, que duraram mais de 300 anos.
No jardim zoológico de Moscovo há flores que só deviam aparecer na Primavera e os ursos ainda não hibernaram.
A placa de gelo da costa siberiana derreteu e agora os navios passam por lá do Pacífico para o Atlântico (aumentando tambem a poluição e contribuindo para acelerar o problema).
A Amazónia perdeu cerca de 45 por cento da sua superfície e Brasília exige contrapartidas para tratar deste autêntico cancro do pulmão do Planeta - mas nada faz contra os latifundiários que aumentam a extensão das terras à conta da desflorestação ilegal...
Ao ritmo actual, em 2030, as energias fósseis (petróleo, gás e carvão) representarão ainda 85 por cento do consumo total de energia.
Para além das óbvias consequências sobre a biodiversidade e os ecossistemas, os especialistas lembram que as alterações climáticas põem também em causa a própria economia mundial.
Antes da Cimeira da ONU sobre o clima, em Copenhaga, os 21 países da APEC já travaram as ambições dos ecologistas. Na verdade, dois dos seus membros, a China e os Estados Unidos, emitem, sozinhos, 40 por cento de gases com efeito estufa no planeta. Os Estados Unidos não avançaram números de redução do CO2: estão em segundo lugar no ranking de poluidores mundiais logo a seguir à China. Uma lei para reduzir as emissões em 17 por cento de 2005 a 2020 ainda não foi votada no Senado, depois da passagem na Câmara dos Representantes, em Junho.
A União Europeia e o Japão anunciaram objectivos firmes para Copenhaga: uma redução de 20 por cento para os europeus, de 25 por cento para os nipónicos, mas ao nível da emissão de gases de 1990 até 2020. Os Estados Unidos não avançam objectivos específicos de redução. A China e a Índia recusam objectivos vinculativos. Os grandes poluidores, apesar de recentes, juntam-se à União Africana para exigir que os países ricos reduzam 40 por cento, até 2020, mas calculados em relação às emissões de 1990. É difícil conciliar interesses tao contraditórios mas, entretanto, as emissões para a atmosfera continuam a aumentar. Depois de 1990, data de referência do protocolo de Quioto, as emissões progrediram 41 por cento, com um pico de 29 por cento entre 2000 e 2008. A última notícia inquietante, segundo a Revista Nature Geoscience, é que os oceanos e florestas armazenam cada vez menos CO2. A função de poços de carbono está simplesmente a esgotar-se.
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