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A instalação de Sarkis (nascido em 1938 em Istambul a viver em Paris)é como uma peça musical construida a partir de três partituras, que o artista pode reinterpretar ou confiar à execução de um dos visitantes. Chama-se A abertura e é um forum em que as obras desapareceram. Em seu lugar ficou um enorme e gigantesco e larguissimo tubo que envolve a sala e sopra ar enquanto se produzem sons (a mim lembram-me o mar em dia de tempestade e nevoeiro, e oiço claramente a ronca do meu farol da Serra da Boa Viagem, na Figueira). No centro, jornais do mundo inteiro (renovados regularmente) esvoaçam por causa do sopro de ar quente e frio, estao em constante movimento.
É uma instalação em que se observa sem pressas, na qual se participa e se interioriza
facilmente.
Ao longo da Bienalle há uma programação concebida pelo artista com diferentes oradores, músicos, investigadores e mesmo DJ's. A intenção de Sarkis nesta "L'Ouverture" é que todos os discursos se cruzem.
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