terça-feira, 28 de abril de 2009

Poema de Eduardo Aroso

«Mansa colmeia
A que ninguém colhe o mel!...»
Miguel Torga



Era ainda lua e a flor abriu-se

De seu nome cravado no tempo.

Mas, por não ter sol, extinguiu-se

E ficou só haste do momento…

Tágides, ninfas, musas do futuro,

Nenhuma delas vem à nossa voz,

Porque à tenra flor faltava ter

A seiva mais funda que há em nós.


Abril de 2009

Eduardo Aroso

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